Atualmente, mesmo com a escolaridade
maior que os homens, as mulheres brasileiras ainda sofrem com a desigualdade de
gênero e recebem muito menos que eles. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), registra-se que essa diferença entre os
rendimentos salariais é maior entre trabalhadores com níveis mais elevados de escolaridade
e menor no setor publico
O pesquisador Cimar Azeredo, do IBGE,
atribui essa contradição à atuação de homens e mulheres em diferentes funções
no mercado de trabalho. No setor de saúde, por exemplo, há muitas mulheres
trabalhando como enfermeiras e muitos homens trabalhando como médicos, profissão
que dá um retorno financeiro maior. Da mesma maneira, há muitas mulheres trabalhando
como professoras do ensino básico e muitos homens, como professores
universitários, explica. Ainda há carreiras em que as mulheres não estão muito
presente.
Os efeitos da crise
econômica internacional dos últimos anos afetaram mais os homens que as
mulheres no mercado de trabalho brasileiro, mas as desigualdades históricas de
renda persistem. É o que mostra a pesquisa “Trabalho e Desigualdades de Gênero”
divulgada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No ano passado, as
mulheres ocuparam mais postos de trabalho do que foram criados e, por conta
disso, a taxa de desemprego feminina recuou, ao contrário da masculina. Mas a
pesquisa também mostrou que permanece grande a diferença entre os salários de
homens e mulheres.
É interessante observar
que, durante todos esses séculos, as mulheres lutaram por um espaço na
sociedade, bem como no mercado de trabalho, e ainda assim, continuam tendo que
conviver com tamanha desigualdade, imposta pelo sistema capitalista. Torna-se
gratificante, no entanto, perceber o engajamento na busca pela alteração dessa
realidade, sobretudo por parte dos movimentos feministas, que têm cada vez mais
lutado para combater essa situação que abrange não apenas o Brasil, mas o mundo
inteiro.
A desigualdade de remuneração é uma
característica universal, análises feitas em diversos países, com diferentes
níveis de desenvolvimento e de crescimento econômico, em um contexto de crise
ou não, revelam que a desigualdade de remuneração é um elemento presente e
persistente.
Um dos motivos que dificulta a
mudança e o avanço no combate a tais desigualdades é o entendimento e aplicação
do conceito “Trabalho de igual valor”. Situações nas quais um trabalhador e uma
trabalhadora, com o mesmo nível de escolaridade e, desempenhando exatamente as
mesmas funções, recebem remunerações de forma diferenciadas são facilmente
encontradas. Porém, a desigualdade de remuneração, baseada em valores diferenciados
e atribuídos ao trabalho executado, é mais difícil de ser identificada. No
geral, percebe-se que a desigualdade de remuneração entre homens e mulheres é
menor em países com sistemas centralizados de negociação coletiva e com menor
dispersão salarial, e parece aumentar quando o pagamento é baseado na avaliação
de desempenho.
É de extrema importância ressaltar ainda
quem rege o sistema capitalista, sendo homens detentores de riquezas, que
excluem o espaço das mulheres na sociedade, que mesmo tendo qualidade e
quantidade em aperfeiçoamento nas diversas atividades, por conta de um
histórico social preconceituoso e machista, ficam em desvantagem quando o
assunto é igualdade de gênero em trabalho e salário.
http://www.oitbrasil.org.br
http://www.istoe.com.br
Fontes:
http://www.istoe.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário