"... o sexo é fisiológico e diz respeito às diferenças biológicas entre machos e fêmeas da espécie humana. O sexo é determinado pelas características físicas, equipamento biológico que, de fato, é diferente em homens e mulheres. Já o gênero é cultural, ou seja, ser homem ou ser mulher não implica apenas na fisiologia, mas também em incorporar comportamentos, desempenhar papéis e funções sociais que historicamente foram designadas como masculinas e femininas" (TAVARES, 2006).


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mulheres Brasileiras que marcaram a História


Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935)
Primeira Maestrina do Brasil

 Compositora, instrumentista, regente. Rio de Janeiro. Maior personalidade feminina da história da música popular brasileira e uma das expressões maiores da luta pelas liberdades no país, promotora da nacionalização musical, primeira maestrina, autora da primeira canção carnavalesca, primeira pianista de choro, introdutora da música popular nos salões elegantes, fundadora da primeira sociedade protetora dos direitos autorais, Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, filha do militar José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa de Lima Maria. Estudou piano com professor particular e aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal: Canção dos Pastores.
Autora de uma obra imensa foi uma mulher à frente do seu tempo. Participou intensamente da implantação do choro no Rio de Janeiro dos últimos 20 anos do Império e foi ousada tanto na carreira como na vida pessoal ,a pioneira da emancipação da mulher no Brasil Francisca Hedwiges de Lima Neves Gonzaga... a primeira maestrina do Brasil: Chiquinha Gonzaga!

Disponível em:<http://www.chiquinhagonzaga.com.br>


Leila Diniz (1945 – 1972)

A breve história de Leila Diniz foi como um terremoto a sacudir os usos e costumes da sociedade brasileira – especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da liberdade feminina. Leila desafiava, enfrentava, estimulava e divertia os brasileiros com atitudes e simbolismo. Como atriz, tornou-se musa do embrionário cinema novo, movimento que propunha o rompimento dos padrões estéticos adotados até então – com base forte no modelo hollywoodiano.
No plano pessoal, desafiava regras que julgava impostas: era capaz de dizer palavrões em público, dar entrevistas em que revelava preferências sexuais ou trocar de namorado sem dar satisfações a ninguém. Em 1969, em entrevista ao jornal alternativo Pasquim, motivou a lei de censura prévia, apelidada de Decreto Leila Diniz, produzida pelo ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. “Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo”, dizia. Sua imagem mais célebre, de 1971, na qual posou grávida de biquíni, na praia carioca de Ipanema, tinha o ineditismo incômodo que a levou a ser acusada por feministas de servir aos homens.
Saiu de casa aos 17 anos para morar com o cineasta Domingos de Oliveira, que a dirigiu em Todas as Mulheres do Mundo (1966). Mais tarde, casou-se com o também cineasta Ruy Guerra, pai de sua única filha, Janaína. Sete meses depois do nascimento da menina, Leila morreu no acidente aéreo, em que o avião explodiu perto de Nova Déli, na Índia. A atriz voltava da Austrália, onde participara do Festival Internacional de Adelaide para promover o filme Mãos Vazias. Leila havia antecipado o vôo de volta por causa da saudade que sentia da filha. Mãe devotada, morreu aos 27 anos e deixou um exemplo para sua geração.
Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoegente/100mulheres/comportamento/leila.htm>.


Dina Sfat (1938 – 1989)


Dina Kutner de Souza (São Paulo SP 1938 - Rio de Janeiro RJ 1989). Atriz. Dina Sfat distingue-se, na sua carreira teatral, pela exigência e coerência com que seleciona os seus compromissos profissionais. É uma das artistas de proa que verbalizam e expressam as reivindicações nacionais contra a injustiça e a opressão durante o período da ditadura. Não é possível desligar sua vida artística de sua ativa participação na vida cultural e política do país, seja integrando movimentos em prol da democracia ou da liberdade de expressão.
 Sua forte liderança neste campo é tão grande que, numa aula da Escola Superior de Guerra, um general a define como "líder feminista vinculada à estratégia de poder da extrema-esquerda". Ela, de fato, noticiou que sairia candidata ao cargo de vice-presidente do país pela sigla do Partido Comunista do Brasil - PCB, em 1984, mas jamais integra algum partido ou filia-se a qualquer facção política. Seu inconformismo e legítimo sentido de liberdade ancoram-se em generosa visão da vida e do mundo, sem sectarismos.
Ao descobrir-se com câncer, luta durante três anos contra a doença. Viaja para a Rússia, em tratamento, aproveitando para fazer um documentário para a TV, no momento em que a perestróika dava seus primeiros passos, levantando muita curiosidade sobre o assunto. Pouco antes de morrer lança uma autobiografia, Dina Sfat - Palmas pra que Te Quero, escrita em parceria com a jornalista Mara Caballero.


Heleieth Saffioti (1934-2010)


A socióloga e professora Heleieth Iara Bongiovani Saffioti (1934-2010), foi uma referência no movimento feminista, dado o seu pioneirismo no estudo das questões de gênero e, em particular, estudos voltados para a violência contra as mulheres. Autora de vários artigos e livros como "A Mulher na Sociedade de Classes: Mito e Realidade" (1969),”O Poder do Macho”(1987) e “Gênero, Patriarcado e Violência” (2004) dentre outros.  Criou um núcleo de estudos de gênero, classe e etnia na UFRJ, orientou teses na PUC-SP e se aposentou pela Unesp de Araraquara, onde se tornou professora emérita. Ousada, valeu-se dos conceitos de Marx para compreender algo que o marxismo negligenciara: a imbricação classe-gênero na sociedade burguesa. Em sua obra, procura demonstrar que restringir a luta das mulheres à reivindicação por direitos sociais impede a emancipação feminina, ou seja, a luta de classes não basta para produzir a emancipação humana, é preciso, ao mesmo tempo, acabar com a opressão feminina.como criar um blog




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