Chiquinha Gonzaga (1847
– 1935)
Primeira Maestrina do
Brasil
Compositora,
instrumentista, regente. Rio de Janeiro. Maior personalidade feminina da
história da música popular brasileira e uma das expressões maiores da luta
pelas liberdades no país, promotora da nacionalização musical, primeira
maestrina, autora da primeira canção carnavalesca, primeira pianista de choro,
introdutora da música popular nos salões elegantes, fundadora da primeira
sociedade protetora dos direitos autorais, Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de
Janeiro, filha do militar José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa de Lima Maria.
Estudou piano com professor particular e aos 11 anos compôs sua primeira
música, uma cantiga de Natal: Canção dos Pastores.
Autora
de uma obra imensa foi uma mulher à frente do seu tempo. Participou
intensamente da implantação do choro no Rio de Janeiro dos últimos 20 anos do
Império e foi ousada tanto na carreira como na vida pessoal ,a pioneira da
emancipação da mulher no Brasil Francisca Hedwiges de Lima Neves Gonzaga... a
primeira maestrina do Brasil: Chiquinha Gonzaga!
Disponível em:<http://www.chiquinhagonzaga.com.br>
Leila Diniz (1945 – 1972)
A breve história de Leila Diniz
foi como um terremoto a sacudir os usos e costumes da sociedade brasileira –
especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da
liberdade feminina. Leila desafiava, enfrentava, estimulava e divertia os
brasileiros com atitudes e simbolismo. Como atriz, tornou-se musa do
embrionário cinema novo, movimento que propunha o rompimento dos padrões
estéticos adotados até então – com base forte no modelo hollywoodiano.
No plano pessoal, desafiava
regras que julgava impostas: era capaz de dizer palavrões em público, dar
entrevistas em que revelava preferências sexuais ou trocar de namorado sem
dar satisfações a ninguém. Em 1969, em entrevista ao jornal alternativo
Pasquim, motivou a lei de censura prévia, apelidada de Decreto Leila Diniz,
produzida pelo ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. “Você pode amar muito uma
pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo”, dizia. Sua imagem
mais célebre, de 1971, na qual posou grávida de biquíni, na praia carioca de
Ipanema, tinha o ineditismo incômodo que a levou a ser acusada por feministas
de servir aos homens.
Saiu de casa aos 17 anos para
morar com o cineasta Domingos de Oliveira, que a dirigiu em Todas as Mulheres
do Mundo (1966). Mais tarde, casou-se com o também cineasta Ruy Guerra, pai
de sua única filha, Janaína. Sete meses depois do nascimento da menina, Leila
morreu no acidente aéreo, em que o avião explodiu perto de Nova Déli, na
Índia. A atriz voltava da Austrália, onde participara do Festival
Internacional de Adelaide para promover o filme Mãos Vazias. Leila havia
antecipado o vôo de volta por causa da saudade que sentia da filha. Mãe
devotada, morreu aos 27 anos e deixou um exemplo para sua geração.
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Disponível
em: <http://www.terra.com.br/istoegente/100mulheres/comportamento/leila.htm>.
Dina Sfat (1938 – 1989)
Dina
Kutner de Souza (São Paulo SP 1938 - Rio de Janeiro RJ 1989). Atriz. Dina Sfat
distingue-se, na sua carreira teatral, pela exigência e coerência com que
seleciona os seus compromissos profissionais. É uma das artistas de proa que
verbalizam e expressam as reivindicações nacionais contra a injustiça e a
opressão durante o período da ditadura. Não é possível desligar sua vida
artística de sua ativa participação na vida cultural e política do país, seja
integrando movimentos em prol da democracia ou da liberdade de expressão.
Sua forte liderança neste campo é tão grande
que, numa aula da Escola Superior de Guerra, um general a define como
"líder feminista vinculada à estratégia de poder da
extrema-esquerda". Ela, de fato, noticiou que sairia candidata ao cargo de
vice-presidente do país pela sigla do Partido Comunista do Brasil - PCB, em
1984, mas jamais integra algum partido ou filia-se a qualquer facção política.
Seu inconformismo e legítimo sentido de liberdade ancoram-se em generosa visão
da vida e do mundo, sem sectarismos.
Ao
descobrir-se com câncer, luta durante três anos contra a doença. Viaja para a
Rússia, em tratamento, aproveitando para fazer um documentário para a TV, no
momento em que a perestróika dava seus primeiros passos, levantando muita
curiosidade sobre o assunto. Pouco antes de morrer lança uma autobiografia,
Dina Sfat - Palmas pra que Te Quero, escrita em parceria com a jornalista Mara
Caballero.
Disponível
em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=388
. Atualizado em 25/05/2010. Acesso em: 15 out 2012.
Heleieth Saffioti (1934-2010)
A socióloga e professora Heleieth
Iara Bongiovani Saffioti (1934-2010), foi uma referência no movimento feminista,
dado o seu pioneirismo no estudo das questões de gênero e, em particular,
estudos voltados para a violência contra as mulheres. Autora de vários artigos
e livros como "A Mulher na Sociedade de Classes: Mito e Realidade"
(1969),”O Poder do Macho”(1987) e “Gênero, Patriarcado e Violência” (2004)
dentre outros. Criou um núcleo de
estudos de gênero, classe e etnia na UFRJ, orientou teses na PUC-SP e se
aposentou pela Unesp de Araraquara, onde se tornou professora emérita. Ousada, valeu-se
dos conceitos de Marx para compreender algo que o marxismo negligenciara: a
imbricação classe-gênero na sociedade burguesa. Em sua obra, procura demonstrar
que restringir a luta das mulheres à reivindicação por direitos sociais impede
a emancipação feminina, ou seja, a luta de classes não basta para produzir a
emancipação humana, é preciso, ao mesmo tempo, acabar com a opressão feminina.
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