"... o sexo é fisiológico e diz respeito às diferenças biológicas entre machos e fêmeas da espécie humana. O sexo é determinado pelas características físicas, equipamento biológico que, de fato, é diferente em homens e mulheres. Já o gênero é cultural, ou seja, ser homem ou ser mulher não implica apenas na fisiologia, mas também em incorporar comportamentos, desempenhar papéis e funções sociais que historicamente foram designadas como masculinas e femininas" (TAVARES, 2006).


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Brasil, um país mestiço e preconceituoso.


Desde os primórdios da historia do Brasil, nota-se o quanto foi e ainda é forte o preconceito existente contra as raças não brancas. O Brasil, como todos nos sabemos, foi o maior receptor de escravos das Américas, até buscou-se uma profunda mudança no perfil racial da população rumo ao seu embranquecimento, incentivando, por exemplo, a chegada de muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, no intuito de aumentar a população branca, já que em sua maioria esta era de escravos.

Mesmo a maioria da população brasileira sendo afrodescendente, infelizmente, ainda há casos de pessoas destratando os negros, como se a cor deles fosse um critério para medir o seu caráter. O preconceito ainda perdura na sociedade, devido a marcante lembrança de um passado escravista, onde o negro era visto como mercadoria, fazendo com que muitos olhem para os negros como subalternos, sem direito a voz. As mulheres negras sofrem duplamente o preconceito, pois o Brasil é em sua maioria machista, intitulando as mulheres como sexo frágil e seres incapazes de serem comparadas ou igualadas à força do homem no quesito mercado de trabalho, sendo vistas preconceituosamente como “piloto de fogão”. O estranho de tudo isso é que nós brasileiros somos conhecidos não só pelo futebol ou pelo carnaval, mas pela mestiçagem que todos nós possuímos. Então, a busca pelos direitos e a luta contra a discriminação, é um dever não somente daqueles que são afetados, mas também de toda a sociedade, pois não se pode pregar igualdade, se não tentarmos modificar essa realidade tão cruel e histórica no nosso país.

A música abaixo “A carne” de Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellete, nos faz refletir o preconceito e a busca pela igualdade existente no dia-a-dia do negro. Na sua composição fica clara a submissão do negro, onde ele precisa adotar padrões, como se ele não tivesse direito a uma qualidade de vida melhor e expressar sua cultura.

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